A atual situação da seleção brasileira masculina de vôlei gera
expectativas.
Esperar pelos resultados dos outros grupos para saber se
estará, ou não, na Fase Final da Liga Mundial causa uma ansiedade que o
técnico Bernardinho vem tentando eliminar com trabalho.
Os treinos desta
semana, no Sesi, em São Paulo (SP), são uma forma de amenizar o período
de espera. E, claro, de preparar a equipe para o principal objetivo de
2012: os Jogos Olímpicos de Londres.
Na Liga Mundial, a fase classificatória define quatro dos seis times
que estarão na Fase Final, de 4 a 8 de julho, em Sofia, na Bulgária. Os
primeiros colocados de cada um dos quatro grupos têm vagas certas. A
quinta seleção classificada é a Bulgária, por ser o país sede. E uma
sexta e última vaga cabe ao segundo colocado que fizer o maior número de
pontos. Essa é a chance do Brasil. Mas o fato de não estar com a vaga
garantida é motivo de incômodo.
“Isso é algo que incomoda a todos nós. A ideia inicial na temporada
era a classificação para as finais da Liga Mundial e, momentaneamente,
não estamos lá. Se temos um objetivo e, em um primeiro momento, não
conseguimos alcançá-lo, isso incomoda. E acho que tem que ser assim para
que possamos trabalhar ainda mais com o intuito de reverter a
situação”, afirmou o técnico da seleção brasileira, Bernardinho.
A expectativa pela resposta final faz com que duas possibilidades
sejam consideradas. Estar na próxima fase, com a chance de disputar um
título, sempre é a meta da seleção brasileira masculina. Porém, ter um
tempo maior de preparação para os Jogos Olímpicos também tem seu lado
positivo.
“Temos dois lados. Não classificar seria uma nota negativa no nosso
trabalho, claro, mas o objetivo principal é Londres. Poder trabalhar
mais, dar uma carga de treinamento maior aos jogadores e recuperar
alguns, seria bom. Portanto, se pudermos utilizar esse tempo de uma
forma ainda mais inteligente e produtiva, vamos fazer. Mas é óbvio que
queremos ir para as finais. Estar na próxima fase tem o aspecto positivo
de se testar contra as principais equipes do mundo, o que é muito
interessante”, analisou Bernardinho.
O ponteiro Murilo enxerga a situação de forma parecida, mas faz
questão de afirmar que, se tivesse o poder de decisão, uma das hipóteses
levaria vantagem.
“Treinar, poder recuperar e ficar concentrado é excelente, mas ir
para a Fase Final da Liga Mundial é ainda melhor. Assim, poderíamos
pegar ainda mais ritmo de jogo, já que lá estarão prováveis
semifinalistas dos Jogos Olímpicos. Isso é sempre muito bom. Por isso,
às vésperas de uma edição de Olimpíada, eu preferiria jogar”, afirmou
Murilo.
Se a Polônia foi o principal obstáculo do Brasil na fase
classificatória, Murilo garante que eles não são a preocupação da equipe
verde e amarela. A atenção tem que estar direcionada ao próprio grupo.
“Não é o fato de perder três jogos para a Polônia que preocupa, e sim
nós não jogarmos tão bem como estamos acostumados. Temos que estar
preocupados com a nossa seleção e melhorar a cada dia, treinar ainda
mais, entrar no jogo tentando mudar alguma coisa, enfim, chamar um
detalhe para o nosso lado. Nosso desempenho ficou abaixo. Temos que
seguir trabalhando. Vamos focar na Olimpíada, mas vivendo essa
expectativa de ir para as finais como melhor segundo colocado”, disse
Murilo.
Na Liga Mundial, o Brasil conquistou oito vitórias, sofreu quatro
derrotas e somou 26 pontos. Entre os quatro resultados negativos, três
foram para os poloneses e um para os canadenses. A Polônia, classificada
com o primeiro lugar do Grupo B, fez 29 pontos após 10 vitórias e duas
derrotas.
Fonte: CBV
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